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Superintendente da Autran faz balanço de sua gestão




Por: Leonardo Lima

      “Ser diretor de trânsito é igual ser técnico da Seleção. No Brasil todo mundo acha que entende de futebol e de trânsito. Em qualquer mudança que eu faço tenho que estar preparado para ouvir um monte de reclamações”. Desta forma, o superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito (Autran) de Nova Friburgo, coronel Celso Novaes, define o cargo que ocupa há pouco mais de seis meses. De fato, desde que aceitou o desafio de comandar o órgão — um dos maiores alvos de reclamações da população friburguense —, uma série de medidas foi implantada, mas não livre de críticas.

    Recentemente, o contorno localizado no final da Avenida Galdino do Valle Filho (em frente ao Edifício Itália) foi fechado. Questionado se a mudança não contribuiria para engarrafar ainda mais o já tumultuado trânsito do Paissandu, o coronel explica que inverteu a mão da Rua Pastor Meyer (em frente à Igreja Luterana) para amenizar a situação. “Já vinha, há algum tempo, percebendo que os carros iam se aglomerando na avenida pelo lado esquerdo da via, para fazer o contorno. Ao mesmo tempo, os carros que saíam da Rua Pastor Meyer deixavam a pista interditada”, defende.

    Segundo o coronel, com a medida foi necessário fixar tachões em frente ao Condomínio Central Park, para que os motoristas que deixassem o local com a intenção de se dirigir ao Centro não fizessem uma manobra arriscada para entrar no Paissandu. “Estão reclamando que agora é necessário fazer o retorno em frente à Fábrica de Rendas Arp, mas não há outra saída. Vou criar uma terceira faixa no local justamente para os motoristas fazerem o retorno com maior segurança”, explica Celso Novaes.

    De acordo com ele, uma das maiores dificuldades de seu cargo é a impossibilidade de contratar novos profissionais. “Enquanto não for resolvida a situação dos concursos de 99 e 2007 não podemos admitir ninguém. A única possibilidade de admissão na Autran hoje é através de concurso público. Falta mão de obra. Tenho oito fiscais de trânsito; preciso de pelo menos 40”, diz o coronel, que também aponta a tragédia de 12 de janeiro como outro empecilho. “Não é desculpa, mas assumi o cargo cheio de projetos e, infelizmente, veio a tragédia. O trânsito de Nova Friburgo está há dez anos sem investimentos. Por todos os lugares vimos placas mal localizadas e sujas. Mas estamos mudando isso”, conta.

Celso Novaes: “Sou radicalmente contra a multa, mas não há outro remédio para corrigir o infrator”

     Embora já tenha sido implantada no país há algum tempo, a Lei Seca só começou a ser fiscalizada em Nova Friburgo, de fato, recentemente. Operações de fiscalização agora têm sido comuns na Via Expressa e nas avenidas Euterpe Friburguense e Conselheiro Julius Arp. De acordo com o superintendente, embora as operações desagradem algumas pessoas, elas continuarão e acontecerão também em outros lugares. “Muitos comerciantes reclamaram que iriam à falência com a Lei Seca. Isso não existe. Sempre há uma saída. Eu também gosto de beber, mas quando estou dirigindo não bebo. No ano passado tínhamos aproximadamente 50 mortes no trânsito até junho. Em 2011 temos um quarto deste número. Isso não tem a ver com a Lei Seca?”, questiona.

     Outra mudança que gerou repercussão foi a volta do sentido do trânsito da Rua General Osório, via região norte. Embora tenha implantado a mudança, Celso Novaes revela que preferia o sentido via centro da cidade. “Se a população quis assim, então fica assim. Mas, agora, se acontecer algum acidente na Avenida Rua Barbosa e ela ficar interditada seremos obrigados a alterar o trânsito da Rua General Osório momentaneamente”, pontua. Quanto à Zona de Estacionamento Rotativo (Zero), ele garante que a cobrança se estenderá, em breve, a outras ruas do Centro. “Com a Zero o motorista tem maior facilidade de encontrar vagas. As pessoas não deixam mais seus carros o dia inteiro estacionados. Há maior rotatividade”, afirma.
Indagado se a divulgação dos postos de venda dos talões da Zero tem sido insuficiente, o coronel argumenta que informou os locais espalhando cartazes pelo Centro e divulgando em A VOZ DA SERRA – diário oficial de Nova Friburgo. “Sou radicalmente contra a multa, mas não há outro remédio para corrigir o infrator. Tenho muito cuidado em informar a população e também os turistas. O próprio comerciante que vende os talões sai ganhando com a Zero, mas muita gente teima em dizer que o projeto não deu certo”, comenta Celso Novaes, que também rebate a sugestão da venda dos talões por um profissional específico. “Em Teresópolis os vendedores são constantemente roubados. Quando existia a Comissão de Entidades Unidas (CEU) em Nova Friburgo era a mesma coisa”, relembra.

Coronel planeja implantar sistema de controle de trânsito

     Sobre o fechamento do acesso à Rua Monte Líbano, através da passagem localizada em frente ao Instituto de Educação de Nova Friburgo (Ienf), na Praça Dermeval Barbosa Moreira, Celso Novaes diz que a intenção foi facilitar os pedestres na travessia. “Quando não vinham carros dessa passagem, vinham do sinal localizado em frente ao Banco do Brasil. Para atravessar, o pedestre precisava contar com a boa vontade do motorista ou se arriscar e atravessar na frente dos carros”, afirma o superintendente, que também defende a inversão do sentido da Rua José Antônio Teixeira (antiga São João). “Foi outra boa mudança. Desafogamos a Monte Líbano. Alguns comerciantes ficaram temerosos, mas apenas invertemos o sentido e o lado do estacionamento. Não houve nenhum prejuízo para eles”, aponta. E a maior fluidez ao trânsito também teve reflexos na Rua Farinha Filho. “Retiramos o estacionamento do lado esquerdo da via. Eram apenas seis vagas”, esclarece.

     A retirada de vagas destinadas a servidores de órgãos públicos e privados é outro alvo de constantes reclamações à autarquia. Porém, segundo o coronel, tal medida está subordinada a uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito. “Desde 2008 o Contran proíbe as vagas específicas. Estou apenas cumprindo uma determinação. Nova Friburgo está cheia dessas vagas, mas estou retirando. Vagas específicas da Prefeitura, por exemplo, não existem mais”, relata. Como outro projeto de sua gestão, Celso Novaes adianta que pretende montar uma central de controle de trânsito na cidade. “Visitei o centro de controle da CetRio, no Rio de Janeiro. Lá os profissionais acompanham todo o trânsito em 60 telas, que mostram como está o trânsito através de câmeras espalhadas por toda a cidade. Minha ideia é implantar algo do tipo em Nova Friburgo. Tenho certeza que, aos poucos, vou atingir todos os meus objetivos”, finaliza.

Fonte: Jornal A Voz da Serra

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Eduardo Trigo

Eduardo Trigo

De família friburguense, minha bisavó veio da Alemanha direto para a nossa Nova Friburgo, no começo do século XX. Prazer, me chamo Eduardo Trigo. Nasci na cidade do Rio de Janeiro e com 2 anos vim morar na Princesinha da Serra. São 26 anos vivendo e convivendo na cidade. Sou um apaixonado por animais. "Não compre, adote!" Sempre tive o pensamento para o coletivo. Desde muito cedo achei necessário externar algumas situações que a nossa população vive. E, andando pelas ruas da cidade sempre via uma situação que julgava ser algo que os nossos governantes poderiam resolver facilmente. Por isso, resolvi não ficar apenas nas lamentações e, em 2009, criei o Nova Friburgo em Debate, um espaço para a população Friburguense se unir e lutar pelos seus direitos. Apontando os problemas, mas também buscando soluções. Afinal Nova Friburgo, EU AMO, EU CUIDO!

Um comentário:

  1. AV GOVERNADOR ROBERTO SILVEIRA, FAZ DOIS DIAS QUE OS SEMÁFOROS ESTÃO APAGADOS. ESSA AVENIDA É MUITO PERIGOSA. ESTÃO ESPERANDO MAIS ACIDENTES?
    05/08/2011

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