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Alerj investiga obras no Colégio Galdino do Valle Filho


Um dos mais tradicionais colégios de Nova Friburgo, o Galdino do Valle Filho, ainda sofre as consequências da tragédia climática de janeiro de 2011. Atingido em sua estrutura a ponto de apresentar trincas nas paredes do segundo andar, o colégio deveria ter sido reformado ainda naquele ano. Até o momento, no entanto, as obras não foram entregues e a instituição vem operando de forma improvisada no Ciep Licínio Teixeira, na Via Expressa, em Olaria.

Presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o deputado Comte Bittencourt visitou a escola em 2012 e afirmou que pretende visitá-la novamente em breve. "As denúncias a respeito desta obra são graves e serão acompanhadas pelos integrantes da comissão. Já estive lá pessoalmente há pouco mais de um ano e agora vamos voltar”, afirmou.

Há pouco mais de vinte dias, A VOZ DA SERRA também noticiou que a recuperação das escolas estaduais atingidas pela tragédia climática de 2011 vinha sendo alvo de investigação por parte do Tribunal de Contas da União (TCU). O órgão está apurando, por meio de tomada de contas especiais, supostas irregularidades identificadas em auditoria de acompanhamento, a fim de verificar o emprego de recursos federais transferidos ao governo estadual através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Emop e Secretaria Estadual de Educação negam acusações

Procuradas pela reportagem de A VOZ DA SERRA, a Empresa de Obras Públicas (Emop) e a Secretaria estadual de Educação (Seeduc) negaram que tenha havido desvio ou mau uso do dinheiro recebido. "A tragédia ocorreu em janeiro de 2011 e somente entre julho e agosto daquele ano a Secretaria Estadual de Educação e a Empresa de Obras Públicas receberam os R$ 74 milhões destinados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação para a execução de obras de reforma nas escolas atingidas. Desse montante, a Seeduc repassou R$ 23.673.715, 35 para a Emop em agosto de 2011”, afirma nota divulgada através da assessoria de comunicação.

"Com esses recursos foram gerenciados pela Emop R$ 12.666.382,48 em obras de reforma nas escolas. Os R$ 11.007.332,87 restantes foram devolvidos à Seeduc que, juntamente ao restante inicial, depositou todos os recursos em conta remunerada no Banco do Brasil exatamente para evitar mau uso e desvio do montante. Isso ocorreu porque os colégios estaduais foram recuperados com recursos próprios, pois o Estado não poderia aguardar a liberação dos recursos por parte do FNDE, uma vez que, se assim procedesse, teria prejuízo para o início do ano letivo e os alunos ficariam sem aulas. O montante utilizado nessas unidades do Estado, com verba própria, foi de R$ 14 milhões.”

O comunicado reconhece ainda a investigação por parte do TCU. "Um relatório do TCU foi enviado à Emop em maio passado, fazendo questionamentos sobre serviços que não teriam sido executados efetivamente pelas construtoras em obras de 13 escolas, num valor de R$ 1.963.458,78. Tão logo o relatório foi recebido, a Emop iniciou uma análise dos questionamentos. O trabalho está contido em relatório que já foi concluído e em fase de revisão, para ser entregue na próxima semana ao TCU, comprovando a aplicação correta dos recursos.”

Escola espera retorno para o segundo semestre

Ouvida pela reportagem de AVS, a diretora do Colégio Estadual Galdino do Valle Filho, Ana de Fátima das Neves Ferreira, afirmou que a escola deve retornar à sede original, na Alameda Eduardo Guinle, Paissandu, ainda no segundo semestre deste ano. "Nós aqui na escola não temos qualquer relação com empreiteiras ou instituições responsáveis pela obra, então não podemos dar maiores informações a este respeito”, explicou. "Mas eu estou muito feliz de ver a obra quase pronta e acredito que já no segundo semestre de 2013 a escola deve retornar à sua sede”.

Vale ressaltar que a obra no Colégio Galdino do Valle Filho representa o principal caso de suspeitas de desvio de recursos públicos entre as escolas estaduais de Nova Friburgo. Nestes dois anos em que a instituição foi obrigada a funcionar no Ciep Licínio Teixeira, quase metade dos 900 alunos matriculados pediu transferência para outras unidades da rede estadual.
Eduardo Trigo

Eduardo Trigo

De família friburguense, minha bisavó veio da Alemanha direto para a nossa Nova Friburgo, no começo do século XX. Prazer, me chamo Eduardo Trigo. Nasci na cidade do Rio de Janeiro e com 2 anos vim morar na Princesinha da Serra. São 26 anos vivendo e convivendo na cidade. Sou um apaixonado por animais. "Não compre, adote!" Sempre tive o pensamento para o coletivo. Desde muito cedo achei necessário externar algumas situações que a nossa população vive. E, andando pelas ruas da cidade sempre via uma situação que julgava ser algo que os nossos governantes poderiam resolver facilmente. Por isso, resolvi não ficar apenas nas lamentações e, em 2009, criei o Nova Friburgo em Debate, um espaço para a população Friburguense se unir e lutar pelos seus direitos. Apontando os problemas, mas também buscando soluções. Afinal Nova Friburgo, EU AMO, EU CUIDO!

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