Qualidade do ar e da água de Nova Friburgo
O Rio Bengalas, que corta a cidade, foi o primeiro a ser testado. “Nós estamos coletando aqui porque nós queremos saber qual o grau de contaminação deste rio. Visivelmente, ele está fora dos padrões. Toda essa cheia aconteceu aqui nesse rio, no lugar que estamos, estava completamente submerso”, diz Gandhi Giordano, engenheiro sanitarista da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
As análises, feitas num laboratório acreditado pelo Inmetro, revelam um nível alto de contaminação por coliformes fecais. “Na água do rio, nós analisamos escherichia coli que é uma bactéria que é presente no intestino de pessoas. O limite dela permitido é de 800 unidades por 100 militros, que é um copo pequeno de água, então são 800. Lá tinha 68 mil”, alerta o professor. O número encontrado é 85 vezes maior que o limite.
Amostras da água fornecida pela rede de abastecimento da cidade também passaram por testes, que comprovaram que quem recebe água da rede está bebendo e lavando alimentos em água limpa.
Já as amostras de lama e poeira, que é a lama seca, não trazem boas notícias. Na lama, foram encontrados 92 mil coliformes fecais a cada 100 mililitros: 115 vezes mais coliformes fecais do que o tolerado.
No ar, foram encontradas mais de 2 mil bactérias por metro cúbico. O resultado é 13 vezes o pior já encontrado por um laboratório na cidade do Rio. O ar está também cheio de fungos, 15 vezes mais que a pior medição.
Moradores de Nova Friburgo estão respirando cerca de 4 mil bactérias e 4 mil fungos por hora
Uma pessoa respira dois metros cúbicos de ar por hora. Os moradores de Nova Friburgo, então, estão respirando cerca de 4 mil bactérias e 4 mil fungos por hora.
Fonte: G1
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