Replico um parágrafo da reportagem do Jornal A Voz da Serra, que achei bem esclarecedor:
Ao observar as montanhas que cercam diversos bairros, podem ser avistadas extensas áreas recentemente desmatadas, num processo que nunca para. Os desmatamentos ocorrem há décadas, seja para plantar, construir moradias, condomínios, ou sabe-se lá o que mais. Na mesma proporção, surgem ruas e loteamentos, e nelas uma enorme quantidade de prédios, casas, anexos, brotando feito ervas daninhas, nas margens de rios, em locais ermos, e/ou no alto das montanhas. Em todos os bairros, em todo lugar. Sem nenhuma infraestrutura, há ruas sem nome, endereço, calçamento, serviços básicos como luz, água e esgoto.Gostaria muito de entender o que fazem em Nova Friburgo a Secretaria do Meio Ambiente, o INEA (Instituto Estadual do Meio Ambiente) e a Polícia Ambiental. Pois, se abrimos uma denúncia, não temos um retorno.
A própria população cumpre o papel de fiscalizador, que deveria ser em parceria com o poder público, porém, este último é ausente.
Nossa cidade tem, catalogadas, quase 500 nascentes, isso dito pela equipe que desenvolveu o Plano Diretor da cidade. Passamos, recentemente, por uma imensa crise hídrica. Se não houver preservação e uma política pública de incentivo ao reflorestamento de áreas degradadas o futuro será incerto.
Eu mesmo já fiz algumas denúncias, bem como encaminhei outras que recebi de leitores do blog. Nunca obtive uma resposta. Se fizeram algo, não passaram o retorno de que, e do que, foi feito.
Não há planejamento. Muito se fala sobre o Plano Diretor, que tratará essas questões, para que tenhamos uma cidade melhor dentro de 50 anos. Participei da reunião, que houve no meu bairro, para debatê-lo. As ideias são ótimas, preservação ambiental, como a cidade crescerá. Enfim, boas ideias para o futuro, mas porque não efetivá-las desde agora, em cima das denúncias levadas pelos moradores?
É de sabedoria de todos que não teremos qualidade de vida se não conseguirmos viver em harmonia com a natureza, sem ela não há garantia de um futuro para as próximas gerações.
Passamos por uma enorme tragédia em 2011, mas, nem isso foi capaz de comover nossos políticos a agirem com seriedade em preservar e ampliar a nossas matas e florestas. Para eles vale mais um IPTU, uma tarifa de água/esgoto e luz do que uma vida.
Um dia a natureza reivindicará o seu lugar!
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